terça-feira, 29 de junho de 2010

Brain and Mind

A qualidade da vida social de uma pessoa pode ter grande impacto na saúde, tanto quanto uma dieta saudável e uma rotina de exercícios.

Há cada vez mais evidências de que ser um membro ativo de um grupo social reduz significativamente os riscos de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), desenvolver demência ou até mesmo se resfriar. Uma nova pesquisa conjunta das Universidades de Exeter, na Inglaterra, e Queensland, na Austrália, enfatizou a importância da noção de pertencimento a grupos sociais e a sensação de construir novos relacionamentos e como isso poder melhorar a ansiedade ligada a mudanças drásticas na vida, como doenças, ou ao avanço da idade.

O estudo publicado no Brain and Mind, periódico americano sobre saúde mental, revisou uma série de estudos anteriores, que identificavam a ligação entre fazer parte de grupos sociais e a saúde e o bem-estar. Estudos mais recentes chegaram às mesmas conclusões, mostrando a confiabilidade desses dados.

“Somos seres sociais. Fazer parte de grupos – de times de futebol a clube de livros ou trabalhos voluntários – dá sentido a nossas identidades sociais” diz Alex Haslam, pesquisador da Universidade de Exeter.

“É necessário que a classe médica seja sensibilizada sobre o fato de que a vida em grupo pode proteger nossa saúde mental e física. É muito mais barato que medicação, com nenhum efeito colateral”, enfatiza Catherine Haslam, outra pesquisadora do grupo.

Entre os exemplos de estudos feitos nas universidades mais recentemente, há o caso (publicado no periódico Ageing and Society) de como pacientes recém-chegados a um serviço de asilo para idosos se declaravam mais felizes, comparados a outros grupos já instalados, simplesmente participando de atividades como a decisão coletiva sobre a decoração da área comum das dependências de internação.

Os resultados se mantinham sem muita variação depois de seis meses de acompanhamento. Em um estudo similar, publicado em Psychology and Aging, foi demonstrada uma melhora da memória nos pacientes e em um terceiro grupo acompanhado, cujo estudo foi publicado no Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology, o avanço dos sintomas de demência diminuiu em pacientes que haviam iniciado algum tipo de atividade em que se reconheciam como membros de um grupo.

-com informações da Brain and Mind/Springer

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ainda sobre as vagas

Depois do último post fiquei pensando mais nesse assunto de vagas para idosos, e também andei reparando mais, em uma semana não vi nenhum cartão. Porém a Companhia de Engenharia de Tráfego já emitiu 17 mil cartões.

A Cia também relatou que desde o dia 19 de março de 2010, 1550 pessoas foram autuadas, e cada infrator pagou R$52,20 e perdeu 3 pontos na carteira.

Estas autuações valem para vagas reservadas nas ruas, infelizmente ainda não há multas ou qualquer penalidade para quem usa indevidamente as vagas em shoppings e supermercados.

É isso aí!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vagas para Idosos

Vagas especiais para Idosos

Se vocês clicarem no título do post irá abrir a resolução de 2008 sobre as vagas separadas para idosos.

É lei que em qualquer estacionamento público, existam 5% de vagas separadas para idosos, elas são sinalizadas. Para fazer uso destas vagas, o idoso deve possuir um cartão e coloca-lo em lugar visível no seu veículo. Para isto basta procurar a Secretaria de Transporte do seu município e fazer o cadastro, é necessário preencher um formulário com nome, data de nascimento e elaborar uma senha, após o cadastrado o idoso deverá encaminhar para a secretária local o protocolo impresso e assinado juntamente com cópia do RG e CPF em no máximo 15 dias após o cadastramento, após esse período o cadastro será cancelado. Se tudo correr bem após 10 dias do recebimento seu cartão poderá ser retirado.

Mais informações no telefone: 156

Simples né? Quero frisar que no Brasil é considerado idoso o indivíduo com mais de 60 anos.


domingo, 6 de junho de 2010

Adaptações da casa

Olá,

Hoje o tema é Adaptações da casa, do ambiente em que o idoso vive. O artigo referência foi escrito principalmente para os indivíduos que passaram por uma internação, mas ainda assim as sugestões valem para aqueles que estão pensando em melhorar a acessibilidade e prevenir acidentes em casa.

Desde meados dos anos 1990, casas são construídas de acordo com as normas do Design Universal que visam maximizar a acessibilidade e função ao mesmo tempo que preservam a estética e minimizam a necessidade de futuras reformas. Dentro dessas características destacam-se casas com entradas sem degraus, corredores e batentes largos, e bastante espaço livre para circulação.

Segue abaixo uma tabela com orientações gerais.



Para indivíduos com demência.



Existem ainda mais orientações, postei aqui um resumo. Para maiores informações tenho o artigo original, não sei se ele está livre na internet , se não estiver me mandem o endereço de e-mail e eu envio o artigo completo.

Fonte: Therapeutic Home Adaptations for Older Adults with Disabilities. American Family Physician. Novembro de 2009.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Matéria sobre sono do Jornal Bom Dia Brasil da Rede Globo

Olá,

Ouvi falar sobre essa matéria, acessei e assiti ao vídeo, a matéria é boa, um pouco imcompleta mas não se pode esperar muito de uma explicação de 3 minutos.

Vale a pena assistir, é só clicar no nome título deste post que abrirá a página da matéria.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sono 3

Conforme mencionado no post anterior, vou escrever sobre menopausa e sono. Após os últimos posts ouvi algumas queixas e perguntas sobre a relação entre menopausa e a qualidade do sono, após um estudo pude perceber que todas as queixas são reais, e que muitas mulheres sofrem com este problema.

Para começar, alguns autores citam que os príncipais causadores de distúrbios do sono nessa população são os calores, as mudanças de humor e os distúrbios respiratórios, estes últimos mais importantes em mulheres obesas. Hormonioterapia tem sido a tratamento padrão ouro para as consequencias da menopausa, principalmente para os calores e a insonia.

Os tratamentos podem ser a base de estrógeno, progestógeno ou estrógeno + progestógeno, o estrógeno diminui a latência do sono (latência do sono, é o tempo que você leva para dormir após deitar na cama), reduz as acordadas noturnas, melhora a eficiência do sono, aumenta o sono REM e diminui problemas respiratórios. O progestógeno tem um efeito mais sedativo, ambos melhoram os calores.

No artigo referência, o autor estudou um grupo de 3.123 mulheres entre 77 e 99 anos, analisou 3 grupos, as que usavam hormonioterapia (HT), as que nunca usaram HT e as que usaram HT mas imterromperam o tratamento., estas mulheres usaram um frequencímetro (medidor de frequência cardíaca durante 3 noites).

Foram avaliado 5 critérios, durante o exame de actigrafia (exame que mede o ciclo atividade-repouso através da frequência cardíaca):
1. Tempo total do sono em minutos
2. Eficiência do sono pela porcentagem do tempo dormida em relação ao tempo total que o indivíduo ficou na cama.
3. Latência do sono, pelo número em minutos de tempo que o indivíduo pegou no sono após se deitar.
4. Tempo total em que ficou acordado durante a noite (soma dos minutos que acordou durante a noite)
5. Número de acordadas longas, definida como tempo acordada > que 5 minutos

A conclusão deste artigo é que as mulheres que durante o estudo usaram HT tinham menor tempo total acordada durante a noite e menos acordadas longas, ou seja, um sono menos fragmentado. O autor cita também que as mulheres que usavam HT faziam mais atividade física, tinham maior escolaridade, e menos doenças associadas, porém apresentavam mais sinais de depressão que as mulheres que nunca usaram HT ou as que deixaram de usar.

É importante frisar que antes de iniciar a hormonioterapia deve-se estudar muito bem seus efeitos, pois a reposição de hormonios pode causar efeitos negativos na circulação que podem exceder os efeitos positivos.

Ok?

Referência: Postmenopausal hormones and sleep quality in the elderly: a population based study. BMC Womens Health. 2010.